Olá, sou Regina Greilberger, médica coloproctologista, especialista em saúde intestinal,  clínica e cirúrgica, com tratamentos minimamente invasivos. Trabalho também com o  embelezamento e tratamento funcional da região íntima. 

Eu sempre soube que queria uma especialidade com procedimentos invasivos, cirúrgicos e, por isso,  optei pela residência de cirurgia geral. Já nessa residência, tive certa dúvida do que escolher como subespecialidade, uma vez que eu só tinha certeza do que não queria. Sempre gostei muito das cirurgias intra-abdominais, cirurgias grandes e um apreço especial às tecnologias que me eram apresentadas, como as cirurgias por videolaparoscopia.  

Quando estava na metade do meu segundo ano de residência, ganhei de presente do meu tio um curso de videolaparoscopia. Foi quando a coloproctologia, literalmente, me escolheu. Fiquei encantada com a possibilidade de realizarmos cirurgias grandes, oncológicas, com algumas pequenas incisões (cortinhos), enquanto, antigamente, todas tinham que fazer um corte enorme na barriga (que ainda se faz necessário em muitos casos).  

Além do encantamento com os procedimentos cirúrgicos realizados na coloproctologia, a especialidade me fascina por ser, na minha opinião, a especialidade cirúrgica mais clínica que existe, sendo importantíssimo sempre muita conversa, anamnese minuciosa, uma relação médica-paciente estreita, com muita confiança, para diagnósticos e tratamentos mais assertivos. Afinal, lidamos com o intestino, reto e ânus, que envolvem grandes tabus, com queixas, na maioria das vezes, crônicas, onde há uma verdadeira parceria nessa relação com os pacientes. 

Sempre que falo que sou coloproctologista, há surpresa, principalmente pelo estereótipo que acredita-se ser o de um proctologista (sim, “um”, porque que é automático associarem a especialidade aos homens). Apesar de toda questão social e machismo, inseridos nesse contexto, tanto de colegas médicos quanto de pacientes, acredito que eu e outras mulheres cirurgiãs em geral, estamos fazendo um ótimo trabalho para quebrarmos mais esse estigma e para nos enxergarem além do sexo biológico e biotipo.  

Ao longo desses anos na especialidade, encontrei-me no tratamento das doenças orificiais (doenças que acometem o ânus), da melhora do hábito intestinal e da qualidade de vida, na realização de procedimentos minimamente invasivos e no uso de tecnologias, dedicando-me a essa área da especialidade e sendo essas minhas principais linhas de seguimento. Claro, atendo todas as queixas, mas se for necessário, encaminho os pacientes para excelentes profissionais da área.